sexta-feira, 29 de agosto de 2008

PEGADOR DO METRÔ

Nessa semana, estava eu esperando o metrô chegar como qualquer outra pessoa, com meus fones de ouvido, olhando para o lado direito. Quando viro para a esquerda um cara qualquer me diz "oi". Eu, como pessoa educada que sou, sorri e disse "oi" tentando me lembrar de onde que eu conhecia aquela figura. Nada vinha na minha cabeça. De repente, senti que ele tinha me cotucado. Virei e ele disse: "E aí, a gente pode se conhecer?". Claro que não né! Mas respondi: "Ih, tô com pressa. Não vai dar!". O cara de pau teve a coragem de dizer: "Ah, fica aí. A gente dá uns beijos...". Fiquei tão chocada com o descaramento e a falta de respeito dele, que não consegui dar uma boa resposta, do jeito que esse idiota merecia. Só conseguia dizer que não dava. Nem a minha voz saia direito.
O que dá na cabeça de um maluco desses? O que ele pensou de mim? Será que achou que eu ia aceitar e ia me sujeitar a uma cena grotesca dessa? Ele nem era de todo mal, tinha os 32 dentes na boca. Mas nem se fosse o Leonardo Di Caprio! Tem certas coisas que eu não consigo fazer sem ter o mínimo de conhecimento e de intimidade com a pessoa. Será que existe alguma mulher que não se dá valor e aceita uma proposta suja dessa?
O metrô veio se aproximando e ele insistiu: "Nem um selinho?". Eu só afirmei: "Nem um selinho." O idiota saiu e ainda bem que nem entrou no vagão comigo. Fiquei inconformada e arrependida de na hora não ter conseguido falar poucas e boas pra esse cara de pau.

sábado, 23 de agosto de 2008

PEQUIM 2008.

É Diego, não era essa foto exatamente que eu queria ver sua. Mas...
Viver de um esporte ou de uma arte [como bem sei] é muito ingrato. Na maioria das vezes não contamos apenas só com o nosso talento, nosso esforço, nossa boa vontade. O resultado vem de uma combinação de coisas e mais a sorte. E nem sempre ela está com a gente.
Ninguém entende ao certo o que está acontecendo com a seleção brasileira de futebol. Muitos culpam o Dunga, falam muito mal dos jogadores. Eu não quero e nem posso julgar ninguém. Eu só posso torcer. A seleção masculina olímpica de futebol não ganhou e ponto. É lamentável mas a derrota existe para todos. Um dia, até Michael Phelps já perdeu. Não adianta apedrejar ninguém.
O futebol no país é mais que um esporte. É uma máquina de mídia com muito dinheiro, ambição, sonhos e frustrações. Quem escolhe viver disso tem que pagar esse preço dessa cobrança até um pouco excessiva.
Quero ver agora as eliminatórias para a Copa do Mundo.
Já no futebol feminino pudemos nos sentir mais felizes apesar da desmerecida derrota para as americanas.
As meninas fizeram realmente sua parte e se sobressaíram mais uma vez. Foi prata com gostinho de ouro recheado de esmeraldas. Que a garra desse time seja motivo de inspiração para novas gerações do futebol feminino que ainda tem que lutar muito contra o preconceito de todos, até mesmo da própria classe futebolística.
O futebol é uma paixão nacional entre homens e mulheres. Por que não pode ser jogado por homens e mulheres? Por que não apoiar de fato e de vez o futebol feminino?

Outro esporte que eu gosto muito de acompanhar é a ginástica artística. O que esses atletas fazem parece até sobrenatural.
O que mais me impressiona é que é um esporte que exige muito do emocional dos atletas e, em sua grande maioria, são todos muito jovens. As falhas não devem existir e um pequeno erro pode tirar a chance de uma vitória.
Torci muito pelas meninas do Brasil e pelo Diego Hipólito, mas sinto que apesar dos resultados expressivos em outras competições de nível mundial, a ginástica artística brasileira ainda tem um caminho a percorrer para chegar a ouros olímpicos. O que Danielle e Diego Hipólito, Daiane dos Santos e Jade Barbosa estão fazendo é admirável. Estão abrindo portas para futuros ginastas escreverem seus nomes nos próximos jogos olímpicos.
Não posso deixar de comentar a atuação da ginasta americana Shawn Johnson. Ela ganhou ao todo quatro medalhas: três de prata [por equipes, no individual geral e no solo] e uma ouro em sua especialidade, a trave. Shawn, que tem 16 anos, é segura e tem uma técnica muito apurada. Faz aqueles movimentos sobrenaturais com um sorrisinho que chega a irritar! Mas sou muito fã dessa menina. Adoro os lacinhos que ela coloca nos rabos de cavalo e que combinam com os collants lindíssimos que ela usa.
Não podemos esquecer dos feitos inéditos de César Cielo [beijomeliga!] e Maureen Maggi. Emocionei-me muito com o pódio dos dois, com a emoção dos dois.
A volta por cima que Maureen deu foi linda e merecida. Muito mais sucesso para os dois. É notório o quanto eles batalharam para ter este momento de glória, felicidade e sucesso. Espero que em 2012, em Londres, os dois estejam ainda defendendo o nosso país.


Brasil, o país do vôlei? Quem sabe.
Os resultados na modalidade foram expressivos. Na quadra ouro para as meninas. Prata pros meninos na quadra e na areia. Somos muito bons no vôlei.
As meninas mereciam muito. Foram anos e anos na tentativa. E como quem acredita sempre alcança a vez delas chegou. Merecidíssimo. Para ser melhor, poderia ter sido em cima das cubanas encreiqueiras!
São essas as minhas principais impressões sobre Pequim - 2008. Sei que faltou muita coisa mas esses atletas foram os que mais torci e vibrei.
Até 2012, até Londres.